segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"branca de neve e os sete baixinhos"


Há bué de tempo, num bruto dum castelo, viviam um cota muita xunga e a giraça da enteada, a Branca de Neve.

A cota tinha a mania que era jeitosa, e passava a vida inteira a ver-se ao espelho, e dizia:

- Espelho mágico, espelho meu, há alguém mais grossa do que eu?

O espelho dizia sempre que não, mas houve um dia que ele se cortou e gabou a boa da enteada.

A Branca levava uma vida de cão, parecia que vivia num xelindró, quase sem tempo para enviar umas mensagens por télélé. Perante tal desatino só lhe apetecia dar de frosques, porque a madrasta mandava-lhe bué de cortes.

Mas de alguns dias para cá, a garina andava toda contente, pois andava um gandq borracho a mirá-la.

Com aquela cena a madrasta ficou "feita num oito" e mandou um ranso dum caçador levar a Branca pró mato e trazer o seu coração numa caixinha.

O gajo ainda teve prestes a esfaqueá-la mas deu-lhe uma de ser bonzinho e deixou-a fugir, cançando de seguida um lebre, para retirar o coração e fazê-lo passar pelo da Branca.

A gajika fartou-se de correr pelo mato fora até dar de caras com uma casinha bué peché onde viviam sete baixinhos bué de bacanos:

o Atrofiado, que curtia bués andar a atrofiar o pessoal;

o Tagarela, que passava o tempo todo a dar à matraca e a rir;

o Fofinho, que enchia o pessoal de mimos;

o Dorminhoco, que andava sempre a xonar;

o Boss que curtia à brava ser o mandão;

o Espirro que andava sempre aos "atchins";

e o Traquina que fazia tudo pela calada!

Os baixinhos ainda buliam na mina, por isso não estava ninguém na casinha.

Ora, a gajika resolveu entrar e encontrando tudo de pantanas, deu um jeitinho à casa, depois foi arrochar prás camas dos baixinhos.

Uma beka mais tarde, os bacanos voltam par casa e vêem a Branca a xonar. Ela acorda e bate um papo com eles sobre a vida dela. Os bacanos morderam o esquema e deixaram-na ficar.

Já no castelo, a cota descobriu que a Branca ainda estava viva, e deu-lhe logo um vaipe. Ora a cota estava toda danada com a cena e endronhou um alto plano. Fez uma mixórdia verde que bebeu de seguida, transformando-se numa ganda velha. Pegou numa maçã e envenenou-a.

Depois foi toda pirosa até à casa dos baixinhos.

Enquanto isso, na casa dos bacanos, a Branca encontrava-se sozinha. Até que a Bruxa da velha aparece e dá-lhe a maçã, a Branca mordeu o isco, e trancou-lhe uma trinca. O que fez com que lhe desse logo um treco. A bruxa toda lambida deu de frosques.

Os baixinhos chegam a casa e vêm a dama espalhada ao comprido. Pensando que a Branca tinha esticado o pernil, os baixinhos orientaram-lhe um caixão de cristal e puseram-na numa clareira no meio do mato. Certo dia, passa o borracho que a andou a mirar no princípio da história e armado em garanhão espetou-lhe um jiko na beiça.

A dama começou a ganhar calores e acordou do seu sono. A garina e o chavalo curtiram-se bués. Ora a bruxa levou o bucho. Mas a maior flexada foi que o casalinho foi buéréré de feliz.

Sbem


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